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9 de out. de 2008

Crônica: A cidade dos Sonhos (parte 6): Good Bye Everbody, I've Gotta Go...

"A vida é uma caixinha de surpresas" Já profetizava a vida de Joseph Climber.

Porque essa vida tem que mostrar e revelar a todos nós
como nos virar perante um mundo de inconstâncias e segredos nada agradáveis? Mas é isso que nos mantêm vivos, a forma de encarar a vida e como devemos lidar com as pessoas. Vi o grande erro que cometi com uma amiga que ajudei a se tornar uma pessoa melhor e percebo que dele eu não posso corrigir. Mas ver a sua felicidade ao lado de quem gosta de certo modo alivia o coração desse "cupido em forma de gato... ops, de gente".

Muitas mudanças realmente aconteceram em minha casa: um novo cachorro, minha irmã que está grávida novamente, minha hora de se formar e apresentar minha monografia está chegando e duas chances de trabalho fora do RN. Muita coisas para acontecer para quem até pouco tempo estava inerente e um pouco "morgado". Mas que, finalmente, busquei a inspiração no mundo para agora poder concluir a minha crônica "a cidade dos sonhos". Toda história tem que ter um fim, nem que esse fim seja inesperado...
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Espero que gostem de ler... e que possam aprender e muito com os nossos pequeno personas.

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Crônica: A cidade dos Sonhos (parte 6):
Good Bye Everbody, I've Gotta Go...

A mala pronta, uma camisa social preta, um sapato preto, uma meia preta fina acompanhada de uma calça jeans também da mesma cor do itens citados acima. Apenas os olhos e cabelos longos castanhos contrastavam aquela aparência social que o Jovem Kyo se encontrara ao ver o próximo avião Natal-Rio de Janeiro no telão de entrada. O intenso "passa-passa" de pessoas tão diferentes e apresssadas escondia aquele pequeno garoto ao seu lado olhar aquele lugar a qual nunca tinha visitado: um aeroporto.

Aleph até achava engraçado aquela mistura de pessoas diferentes que iam e vinham do pequeno corredor onde a grande máquina parava para o embarque e desembarque de passageiros. Iam da pequena garota loira holandesa de olhos azuis ao mais alto negro angolano que de tão escura a sua pele se assemelhava ao azul petróleo.

Os olhos curiosos, infantis e inguênuos daquele garoto se misturava a tanta diversidade cultural. Logo após isso, ele vem ao braço dos seu pai Kyo e o abraça, olhando o texto que estava a escrever no seu caderno. "Entre ruínas e quimeras".

- "Vivo sediciosa de uma palavra nova / Um verbo novo, uma velha significação / Algo que, dentro, veloz se mova / E, fora, atroz rompa o silêncio e a escuridão." que lindo pai... você que escreveu?
- Em parte sim filhote. É a minha nova vida, a minha e a sua nova viagem...
- Painho, nós vamos viajar para algum lugar?
- Não filho, simplesmente iremos para um lugar melhor... aqui ainda será a nossa casa, só vamos mudar para um lugar melhor. Pelo menos... você irá primeiro...
- Mas isso não é uma viagem?
- Em parte, mas é uma jornada que você seguirá...
- Eu? mas painho...
- Sabe aquela escola que você tanto sonhou filhote? Que sonhava em fazer no Rio?
- Você conseguiu pai?
- Sim, agora... você poderá se tornar o músico que sempre desejou filhote. Só que você irá primeiro, ainda tenho que resolver algumas coisas por aqui antes de ir. Enquanto isso, ficarás com a minha amiga Rose. Ela estará te esperando por lá... a reconheçerá por essa foto.

Kyo pega uma pequena foto que tinha em seu caderno e entrega para o seu filho. Era uma foto que ele tinha no bolso. Era o seu pai, mais novo e com o cabelo curto abraçado a uma mulher mais velha. A data de Fevereiro de 2006 mostrava que não fazia tanto tempo assim que a imagem estava tão antiga... mas mostrava como o jovem Kyo mudara fisicamente nesses últimos anos. entregava ao seu filhote mostrando como seria a sua nova "mãe".

15:30hs. Era ora de partir, o vôo havia sido anunciado. Pai e filho dão seu último abraço. Os olhos de ambos bem brilhantes devido as lágrimas que teimavam em sair. Aqueles passos lentos e demorados para deixar o seu filhote na plataforma de embarque e ver aquele pequenino andando. Ora com um sorriso feliz, ora com uma cara de choro. Parecia uma brincadeira do filho querendo copiar a mesma cara do seu pai ao ve-lo partir.


Logo após isso, o celular do jovem artista começa a tocar. Pela música... ele já sabia quem seria a pessoa do outro lado da linha...

- Pronto Rose, o garoto agora está em suas mãos... cuide bem dele.
- Eu cuidarei dele como se fosse nosso próprio filho Kyo, ele estará em boas mãos.
- Fico grato por isso Rose... mesmo sabendo que essa talvez seja a ultima vez que o veja... ou seja a ultima vez que a veja também
- Não diga isso meu anjo, apenas está confuso... não sabes o que fazeres dessa vida insana que nos exige muito em pouco tempo.
- Pode até ser minha bela amiga, mas eu não sei bem o que fazer... só quero que meu filho não sofra a mesma coisa que eu, ou que ele pelo menos tenha uma mãe decente e presente...
- Kyo... não acha que isso...
- Não é só você que acha isso cara amiga. Mas acontece que eu sei que não posso mais ser o pai do Aleph. A minha imagem e conceito de pessoa, assim como o desejo de ser um "bom pai" não está mais condizendo comigo... sei que irá demorar um tempo para me estabelecer, se a minha chance como animador vai dar certo, ou se a chance como training na Ambev também... mas prefiro logo lutar e ter a minha própria vida.
- Eu não entendo e não concordo com essa sua decisão Kyo, mas pelo que você me fez antes. E lutou por isso... a respeitarei... de que horas seu filhote chegará?
- Daqui a 1 hora amiga Rose... esteja bem arrumada, pois meu filho acha linda mulheres vaidosas (rindo)
- É... até parece que isso ele puxou de você não é? Gosta de pessoas que fantasiam e se vestem... mas ama mais ainda a essência da pessoa... que a ama tanto com como sem maquiagem e adereços.
- Você me conheçe Rose... gosto de um bom fetiche... mas prefiro ainda mais a naturalidade... então, vou indo agora para casa velha amiga. E trate meu filho como se fosse "nosso filho".
- Considere isso feito... anjo...

Essa seria a última vez que o Jovem Kyo veria o seu filhote... sabia que dali em diante as palavras e apegosdo seu filhote não mais retornariam. Seria somente ele a pessoa a viver a partir de agora, um jovem que não se prenderá aos valores otimistas e pessimistas... irá pagar um preço por isso, mas será aquilo que ele deveria sempre ser: ele mesmo...

Enquanto esperava na parada de ônibus, em frente ao aeroporto, via o avião que. Enquanto isso, observara um senhor de idade chegar ao seu lado com uma pequena radiola. Nela, tocava "bohemian rhapsody" da banda Inglesa "Queen". E que começava a cantar ao mesmo ritmo da música.

" Too late, my time has come - Tarde demais, chegou minha hora
Sends shivers down my spine - Sinto arrepios em minha espinha
Body's aching all the time - Meu corpo está doendo toda hora
Goodbye everybody - i've got to go - Adeus a todos - eu agora tenho que partir
Gotta leave you all behind - Tenho que deixar todos vocês para trás
And face the truth - E encarar a verdade
Mama, ooo - i don't want to die - Mamma, ooo - Eu não quero morrer
I sometimes wish i'd never been born at all - Às vezes eu desejo nunca ter nascido"

Agora, Aleph e Kyo tomaram caminhos diferentes...
Cada um iria viver a sua vida...
algum dia, é... quem sabe algum dia...
eles poderiam voltar a se encontrar.




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(Poema escrito pelo artista Kyo)

Entre Ruinas e Quimeras

Vivo em um apartamento irregular / Em cada compartimento desse sólido edificio / Redijo longas canções que se dispersam no ar.

Vivo como um estranho que tem sede de fixar: / Argamassa, pau, pedra, tijolos...; / Uma sentinela, uma flor na janelas / E uma lamparina de altar.

Vivo sediciosa de uma palavra nova / Um verbo novo, uma velha significação / Algo que, dentro, veloz se mova / E, fora, atroz rompa o silêncio e a escuridão.

Vivo a iniqüidade do humano: / A barbárie, a santidade, o profano. / A agitação do ocenano / E a civil civilidade do mundano

Vivo no limiar da loucura e da paixão / Afago O Mal com brandura / Rejeito O Bem sem, nenhuma, inquisção

Vivo entre o tédio e o provérbio / Entre a dor e a tragédia / Entre ruinas e quimeras / Ensaiando uma nova forma / Para compor uma cantiga velha.

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