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25 de jun. de 2009

Mais um desenho ganhará as telonas do cinema: The Last Airbender (Avatar - A lenda de Aang)

Julho, dia 06 de 2009, seis horas da manhã.
Dia seguinte a um feriado nacional.

Esses últimos dois a quatros meses atrás, ficava as minhas noites de folga a assistir um desenho chamado "The Last AirBender" (traduzido no Brasil como "Avatar"). No começo, até achei que fosse uma animação japonesa (pelo tipo do traço do desenho, complexidade dos personagens como sentimentos humanos e conflitos internos e por ser divididos em capítulos distintos, com início meio e fim), mas após umas pequenas pesquisas no Google, percebi que era uma criação ocidental produzida pela Nickelodeon.

Quanto mais assistia os episódios, mais começava a gostar deste complexo desenho. Complexo porque é muito difícil numa produção ocidental 'for kids' possuir uma divisão de capítulos (3 livros, com 20 a 21 episódios cada) que raramente tem a opção de ser visto em separado e não perder o sentido. Começando a observar em sites de fã do desenho e fóruns na internet sobre o assunto, a cogitação de The Last Airbender virar um filme era tratado como uma possibilidade. Alguns achavam isso uma boa idéia, outros nem tanto por temerem tragédias cinematográficas como foram a recente adaptação do desenho japonês "Dragon Ball". Esse mistério circulava pela rede, até esta última semana sair um discreto trailer-teaser oficial do desenho.



Pelo que pode ser visto, parece que o filme é um uma versão Live Action do desenho original. (termo comum no Japão e Estados Unidos. Usado para designar filmes e seriados com atores reais. Podendo ser temas originais ou adaptados de livros e desenhos). Contando com a direção de ninguém menos que M. Night Shyamalan, autor do tipo "ame-o ou deixe-o", com filmes sucessos de bilheteria com o filme Sexto Sentido e fracassos de público e crítica com Fim dos Tempos.

Então, onde mora o perigo? Justamente pelo mesmo autor ter produzido filmes tido tanto como 'bom e ruim'. A incerteza de que esse filme possa ser um sucesso e ao mesmo tempo um fracasso é o que deixa os fãs da série (e o que em parte, me incluo um pouco nisso) um tanto assustados com a produção e recepção deste filme adaptado. Será que o filme um novo conceito de adaptação ou mais um fracasso de tentar sintetizar os dois tipos de história? O filme ainda tem muito tempo para ser produzido, mas fica uma esperança e um medo particular sobre essa nova empreitada do Shyamalan:

Minha esperança: Que o autor saiba manter a cabeça no lugar e com sua mente e presença criativa consiga reproduzir o clima do desenho no filme.
Meu medo: Que esta mesma "mente e presença criativa” de Shyamalan não interfira com uma história tão interessante. Fazendo deste filme mais uma adaptação mal feita de desenho/seriado/game/livro para as telas.

A estréia está prevista para julho de 2010. Até lá é dar tempo ao tempo..

Ps: Um ponto positivo que observei no trailer. Dá o parecer de que o símbolo dos dobradores de ar (a seta azulada) na cabeça raspada do garoto está fiel ao personagem do desenho da Nickelodeon.


Para maiores informações.
Site Oficial do Diretor, aqui.
Site Oficial do Filme, aqui.

19 de jun. de 2009

Você está ilegal na sua profissão...porque tem um diploma de nível superior nela?

"Mais dia,
Menos dia.
Já sabia que levaria uma torta na cara!"

Isso era a frase de uma amiga minha, que trabalha como 'palhaço' da companhia Enfermeiros da Alegria me falava sobre o emprego dela e para uma enfermeira que dava plantão no Hospital Clóvis Sarinho (antigo Walfredo Gurgel). ao comentar dizendo que procurava um emprego estável enquanto participa dessa ação social. Só que, pensando de certa maneira, um emprego estável que durava a vida inteira, acontecia só na época do meu pai, hoje quase aposentado e de meus avôs já falecidos. Para qualquer um de nós, e pelas mais diversas razões pode ser demitido a qualquer hora e sem nenhum aviso prévio. Eu por exemplo, já fui demitido de dois empregos em minha vida e até hoje não sei o motivo pelo qual havia tal cargo, e eu não estou brincando.

Não estou dizendo que ninguém deva prestar concurso para tentar uma vida estável (pois eu também luto por isso). Nem que o foco desse texto seja essa causa desde texto. Mas pelo que acabei de ver nas grandes mídias, a profissão 'Jornalista' não é mais um pré-requisito para pessoas que queiram trabalhar com jornalistas, assessores de imprensa, fotógrafos e diagramadores (sendo essas últimas as áreas que mais gostava e almejo seguir). Essa decisão acabou de ser tomada essa semana pelo Superior Tribunal Federal (STF), por quatro votos a um, e por ser tomada pelo Supremo, não tem como recorrer desta decisão. (link da matéria aqui).

Acho que com isso, pessoas como eu, universitários de jornalismo e colegas profissionais que já atuam na área acabaram de levar uma torta na cara.Com essa decisão, fiquei imaginando: Será que os nossos jornais irão ficar lotados de pessoas 'aptas' ao serviço? Será que as pessoas que circularão nos jornais, revistas, assessorias e demais áreas estarão prepararar para escrever bem sobre um assunto? Será que realmente as vagas destinadas aos jornalistas serão 'bicos de alunos de direito', como ouvi de um professor desta mesma área há muito tempo na UFRN?

Se me lembro bem, o STF não acabou com a obrigatoriedade de um bom texto, onde você sinta a sua curiosidade aguçada e ativa pelas palavras ali escritas. Também não acabou com a bagagem cultural, onde a versatilidade de conteúdo faz com que aquilo que colocamos em nossas letras não sejam uma mera reprodução de um fato atual visto por qualquer pessoa, . Não extingiu a triagem e apuração, para separar o que é informação importante de um assunto da fofoca e balela diária que estamos subestimados a ouvir. E o mais importante de tudo,nãocom a credibiliadade do jornalista, pois aquilo que escrevemos é aquilo que respondemos, pois se assinamos uma matéria, estamos fazendo dela nossa arte, a nossa forma, dando o nosso toque pessoa.

Porque temer se o Superior Tribunal Federal acabou com a obrigatoriedade do diploma, se nenhum dos quesitos acima dependem necessariamente de um diploma de nível superior? Isso sinceramente não me abala, continuarei a lutar pelo meu diploma e dizer que fui a uma universidade me especializar naquilo que adoro fazer: Relatar histórias e fatos do cotidiano nosso de cada dia.

Nunca comentei que é preciso ser médico, físico, sociólogo, historiador, advogado etc. para escrever bem sobre um assunto. Há bons jornalistas que o fazem sem ter nenhum diploma. A minha defesa é que o simples fato de ser formado em Jornalismo não dá a ninguém mais ou menos condições para escrever a respeito daquilo. A obrigatoriedade da graduação em Jornalismo (e de uma pós, se possível) deve ser usada como um aprimoramento, e não como um quesito classificatório para um emprego.

Sou jornalista, sou foca, sou um gato curioso que sempre fuça o texto alheio querendo diversão e informação. Faço jornalismo porque gosto, e não por ter um canudo em mãos...
Agora, deixem eu tirar o chantilly do meu rosto e bola pra frente....

ps: Pelo que acabei de ler na Tribuna do Norte, parece que isso era apenas um 'pedaço' do iceberg...ou seja, cliquem aqui e confiram que muita coisa pode mudar.