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29 de mai. de 2008

Poema de fim de tarde.

Por mais que tentemos explicar o que sentimos, nem sempre a pessoa que você deseja está apta a te ouvir. As vezes, até ela mesmo tira graça com a sua cara e não leva a sério o que você fala. Quando o momento não permite e a única coisa que você deseja é ser compreendido.

Para um momento onde só um "eu te entendo, fale... o que passa com você? O que eu posso te ajudar?" poderia ser mais que o suficiente. As vezes, os homens também precisam das mulheres para poder falar aquilo que pensam e alguém para conversar (como minha filhota uma vez me ensinou sobre "as mulheres"). Ao invés disso, escutar um "Me diga, o que você quer que eu faça para você me odiar?". Grande auxílio para um romântico mal amado não?

Então, como a pergunta que ela me fez o que fazer para odia-la? Acho que só uma resposta, em forma de texto... poderia colocar aqui agora... como esse texto aqui a abaixo. Mesmo o dia tendo sido legal com um velho idiota tentando me fazer ciúmes com alguém, a volta para comer na pizzaria que praticamente foi o berço da relação, a conversa em um banco no Cidade Jardim e um abraço que ao mesmo tempo me fez bem e também não, deu para se divertir. O banco do buzão com suas músicas malhadas que o diga "é... se parar pra ver, me sinto meio sozinha mesmo" - "bem, você se sente sozinha porque quer..."

Tenho que aprender a me lembrar uma das frases de Shakespeare: "Aprendi que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não para pra que você o conserte"

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Charge: "As Cobras" (Luis Fernando Veríssimo)

Por você Mudei 2 Vezes, mas...

...Pena que essa não foi uma boa Mudança...

Usei tudo o que tinha e fui além de mim para tentar (re)conquistar seu amor...

Mesmo não aparentando, havia me tornado ao seu lado a pessoa mais perfeita desse mundo. Não foram grandes mudanças, mas ainda assim mudei meu modo de pensar, de agir, até as pessoas com as quais andei. Me submeti a todos os sacrifícios possíveis por vc, mas nao foi o suficiente..

Antes você me perguntou: "Como é que, depois disso tudo...ah.. eu não entendo como você consegue gostar de mim?" Achei que você teria a resposta, mas sabe... agora eu converto isso em uma pergunta: Me Responda, Você acha que "você" vale isso tudo?

Não Mesmo, quem me conhece sabe que você não merece nada do que eu já fiz por ti.

Agora Mudei novamente, Por você....não... diria que me "adaptei" novamente, Por você

Mas dessa vez, me tornei uma pessoa sem sentimentos e incapaz de perdoar, tão frio que ninguém reconheceria meus atos e decisões, se comparado com a um tempo atraz...

Quando você ler esse texto neste blog, não leve a mal... entenda como uma forma de "agradecimento", pois apesar de estar frio e sem sentimentos, eu passei a dedicar a mim mesmo e, sem você, começar a ser feliz, a ME AMAR antes de qualquer outra coisa.

23 de mai. de 2008

Uma entrevista nada comum

Pensando aqui em qual programa eu sonharia em participar, acho que só há um programa de televisão no qual que gostaria de ser entrevistado. É o Provocações, da TV Cultura. Acho interessantes as perguntas que o Antônio Abujamra faz aos seus entrevistados (mesmo eu achoando ser sempre as mesmas perguntas). Como ainda não fui chamado (e nem sei se serei chamado), resolvi simular uma possível entrevista comigo no programa.

Abujamra – Provocações, Provocações, ainda Provocações. Desde 2000 com esse mesmo fomato de programa. É incrível, mas as pessoas ainda assistem. Mas nós não provocamos. Nós somos provocados. Está aqui hoje um jovem provocador, que mesmo dizendo ser um romantico assumido, fala como o mundo está perdido. Ele tem um humor ácido e cômico, além de postar seus pensamentos e idéias em um blog, o Focalizando Ideias. Ele é... Lucas Mateus, mas escreve com a alcunha de “Lucas, o Kyo.”

(Pensamento: Sabia que nessa hora focalizariam meu rosto. Preferi não comentar, olhando para o Abujamra até que ele me fizesse alguma pergunta.)

Abujamra – Quem é você?
Eu – Um ex-gordo, preguiçoso de vez em quando, “come-quieto” na maioria das vezes e romantico mal amado. Fora isso, uma pessoa de olhar criativo e mente afiada

Abujamra – Só isso? Não tem mais nada?
Eu – Isso é o principal. Profissionalmente como comunicador, não tenho muita história no currículo como meus companheiros de sala. E isso se terei alguma profissão um dia no que eu goste. Pessoalmente, já falei o que sou.


Abujamra – Me diga uma coisa: qual foi a maior imprudência da sua vida?
Eu – Diria que seria a exceção, pois tenho duas imprudências na vida:
A primeira é a Desconfiança. Ao mesmo tempo que eu acho uma virtude para a minha profissão (“jornalista tem a obrigação de não ser ingênuo”, já falava outro professor), as vezes eu extrapolo nisso e que contribuiu para perder alguém.
A segunda: A irreverência. Tanto que eu não consigo me livrar dela. Quem falou que a irreverência combina com a vida prática deve ter mentido em alguma parte. A irreverência, no meu caso, traz a espontaneidade. Mas também já me trouxe perda de emprego, de dinheiro, de contatos e tudo mais.
Se bem que, analisando friamente, fico com a irreverência em detrimento da vida prática.

Abujamra – “Analisando Friamente”?
Eu – Sim, pois posso ser tão confortável, amável e hospitaleiro como uma cama perto da lareira com quem gosto e me trata bem. Como posso tão confortável, amável e hospitaleiro como um iceberg ...

Abujamra – Você prefere uma obra ou um destino humano?
Eu – Prefiro o destino humano. Saber que posso não me tornar nada daquilo que sonhei academicamente e profissionalmente, mas que consiga fazer feliz a pessoa que amo na terra e que fiz meu trabalho bem feito enquanto andar entre os mortais (eu me incluo na categoria), já me será de grande valia. Meu lado budista sempre falava do sacrifício, e que todos nós passamos por provações...

Abujamra – Ser ou parecer?
Eu – Prefiro o ser, é tão gostoso o ser quando estamos em vontade. Isso me faz lembrar a frase de um antigo professor meu de Semiótica da Cultura. “Os homens deveriam gozar melhor a vida”, isso em qualquer dos sentidos. Um exemplo: Escrevo o que sinto. Pode ser feliz ou não, mas escrevo. Isso me faz sentir bem, me faz gozar melhor a vida. Nunca sei como vai ficar o fim do texto, e eu nem me preocupo com isso.


Abujamra – Prestígio ou boa morte?
Eu – Nenhum dos dois, não me agrada a idéia de ser louvado como um “mestre” ou a boa morte como escolher o dia e a hora de morrer, parece coisa de suicida sem causa.



Abujamra – Você entra em angústia, Lucas?
Eu – Bastante, há ultima fois a dois mesesatrás, onde uaa angústia quase me fez levar a uma decisão idiota...

Abujamra – E qual seria essa decisão?
Eu – Desistir de tudo que construi, ver que a minha vida tinha perdido o sentido... ter que ver que um sonho que havia criado fora jogado fora. Ou seja, a angústia de começar tudo do zero.

Abujamra – Quando você entra em angústia?
Eu – Quando tenho de escolher entre “ficar parado e quieto” e “agir e demonstrar todo o meu potencial”. Esse tipo de atitude me aconteceu em todos os sentidos que você possa imaginar (sentimental,emocional, pessoal e profissional) e, como falei anteriormente, quase entrei em uma fossa.
Outra coisa que me deixa em angústia é situações desagradáveis. Se tenho de trabalhar em algo que acho chato, fico angustiado. Se tenho de ir a lugares ou me encontrar com pessoas que não gosto, também fico angustiado. Não tenho estômago e saco para as convenções e o nhenhenhém que o mundo exige. “Política de boa vizinhança”? posso até adaptar, mas me fazer pratica-la, nem pensar...

Abujamra – Você chora?
Eu – Sim, e porque não deveria?

Abujamra – Você chora diante da beleza ou da tristeza?
Eu – De ambos. Posso dizer que, como uma comunidade que participo do orkut (que até só tem 6 pessoas e sendo eu o único homem, prova disso está no link http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=31804601) "homem quando ama chora". Foram por poucas pessoas que derramei minhas lágrimas, mas aquelas que derramei foram as me mais me marcaram e que mais me deram dor. Realmente acredito que não são todos os homens que demonstram isso, mas como não sou um homem tido como "padrão", posso me dar a esse luxo.
Outra coisa, também nunca sei quando vou chorar ou não. Posso ser forte, mas não de ferro.

Abujamra – Já teve algo que se arrendeu de fazer ou de não ter feito ?
Eu – Sim, de não ter dado atenção a quem devia pelo meu medo de cometer um mesmo erro denovo, cometer o erro de corrigir um “bibelô” quando o mais correto era simplesmente criar outro. Isso me custou caro... muito caro por sinal...

Abujamra – Me diga qual o maior equívoco que as pessoas cometem ao falar de você?
Eu – Me tacharem de coisas que não sou como “mentiroso”, “falso”, “traira” e “indigno de confiança”. Às vezes erro como todo homem. Às vezes cometo equívocos. Posso não ser um poço de verdade, mas acredito no direito de defesa e no direito da pessoa falar o que pensa. Já falou Voltaire: “Posso não concordar com nada do que você diz, mas defenderei até a morte o direito de você dize-las”.
Posso afirmar que em alguns momentos me comporto como um crítico de costumes. Um sátiro ou um blefador. Eu quero mesmo é gozar com a cara de tudo e de todos que estiverem ao meu alcance. Pra quê? Nada demais. Só pelo prazer de tirar sarro.


Abujamra – “Para mim é tão odioso seguir quanto guiar”, como dizia Nietzsche.
Eu –“A gaia ciência”, de Nietzche. Já li essa citação uma vez e só acho que essa citação deveria ser “para mim é tão odioso não ser amado quanto não ser respeitado”. Eu não preciso fazer citações para expor meus pensamentos.


Abujamra – “Tudo o que foi bem dito ou bem escrito é meu, eu posso usar”, como dizia Spinoza.
Eu – Outra citação, que também gosto por sinal... e como acadêmico, reconheço muito bem o poder de uma citação. Apesar de que você já fez esta citação inúmeras vezes desde 2000. Como também faz as mesmas perguntas.


Abujamra – Tá, tá, tá! Você veio aqui pra me provocar...
Eu – “Não provocamos, Nós somos provocados”, esqueçeu Abujamra? E outra coisa: qual é o nome do programa mesmo?


Abujamra - Qual o maior autor que você conheceu?
Eu – Lucas mesmo... ou simplesmente Kyo

Abujamra – Você pare de me provocar, garoto!
Eu – Sinceramente... não acredito nessa história de maior autor, posso até ter alguns que marcaram a minha vida como Pablo Neruda, John Milton, Neil Gaiman (com a sua obra-prima "The Sandman") e Todd McFarlane (o desenhista original da série “Spawn: Soldado do Inferno”). Por isso que eu falo que, para mim, eu sou o maior autor que eu conheço. Pode até soar estranho, mas o que importa para mim é o que eu vejo e vivencio. Não sou de citar Morin, Baudrillard, Flusser ou outro qualquer só para manter aquele soar de agradável e erudito junto ao espectador que nos vê. Sobretudo, farei essa concessão a você, Abujamra. Mesmo que eu fiquei angustiado com isso. Um autor que comecei a admirar é Massimo Canevvaci. Gostei dele porque trata justamente o que eu gosto, a cultura urbana e jovem desse novo mundo caótico que estamos vivendo.


Abujamra – E qual o maior autor que você não conheceu?
Eu – Acho que só tem um que eu teria idéia para conversar, e esse autor seria John Milton...


Abujamra – Agora, olhe para aquela câmera e diga o que você quiser, do jeito que você quiser, pra quem você quiser. Enforque-se na corda da liberdade!
Eu – Você s que estão nos vendo, aprendam uma coisa que posso falar por experiência própria: “Não tenha medo de fazer merda, pois ela é quem adubará sua vida.” Todos nós erramos, mas com nossos erros aprendemos a viver e a nos tornarmos pessoas melhores para continuar vivendo. Só pode evitar erros aquele que adquiriu muita experiência, mas só adquire experiência na vida errando.

Abujamra – Dê cá um abraço, que é a única coisa falsa deste programa!

3 de mai. de 2008

Poema: "A brisa"

A brisa, assim como pode acalentar e trazer o conforto.
Pode ser um sinal de tempestades e coisas fortes por vir...
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"A brisa"

A brisa fria que me refresca
Onde o mesmo instinto que me aflora
A brisa quente que me atiça
De meu maior desejo que vai embora

A mesma brisa que me deixa ambiguo
Em momentos de meu delírio
O mesmo vento que me arrepia
Da minha inquietação à alegria
Que me faz ir da terra ao paraiso

A brisa que vai e vem como quer
Uma inconstante que lhe vem quando quiser
Como a sua natureza protetora
Que também tem espírito de vingadora
Na fúria em forma de uma mulher

A mesma brisa que me aflora
Vem pelo mesmo instinto que me refresca
Para o meu maior desejo que me atiça
Da brisa quente que me aprisiona vai embora